Enquanto alguns profissionais são prejudicados diretamente pela pandemia da Covid-19, outros não reconheceram a importância do momento conturbado e mergulharam em crises de diferentes proporções no ambiente virtual. Exemplo disso e do que são influenciadores negativos é o caso mais discutido recentemente, da “influenciadora digital” Gabriela Pugliese.

Relembremos. Após contrair e superar o coronavírus, a blogueira promoveu uma festa com as amigas em sua casa, desrespeitando as recomendações da Organização Mundial da Saúde. E o mais impressionante: ela divulgou fotos da celebração em suas redes sociais, como se fosse motivo de orgulho.

A reação do público foi imediata. Alegando irresponsabilidade da influencer, patrocinadores romperam os vínculos com Pugliesi, que pode ter tido um prejuízo de R$ 3 milhões, além de perder mais de 100 mil seguidores no Instagram.

Cantores também entraram para valer no mundo da internet por meio das lives no YouTube, tentando cativar o público que sofre com a quarentena. O sertanejo Eduardo Costa, por exemplo, participou de uma transmissão ao vivo e, durante a apresentação, declarou que “transaria naquela noite pensando no bebê de Thaeme”, referindo-se à filha da cantora sertaneja, que tem apenas um ano. Com a repercussão, Eduardo chegou a dizer que iria finalizar a carreira de músico.

Os casos, apesar de diferentes, apresentam os mesmos problemas: a irresponsabilidade dos profissionais na web e a falha na comunicação. Além de pensar no extrato bancário, patrocinadores e na vida repleta de luxos, é preciso lembrar que o influenciador tem enorme responsabilidade social e que, nesse caso, a comunicação é o seu produto, a sua ferramenta de trabalho. Equívocos tão grandes podem ser extremamente prejudiciais para a imagem profissional e também pessoal.

Ao propagar conteúdos irresponsáveis, essas pessoas estão atingindo diretamente os mais diversos seguidores: crianças, idosos, adolescentes, entre outros tantos. Porque a mensagem equivocada passada pelo “ídolo” pode acabar se tornando uma verdade absoluta.

No Brasil, agora é comum, por exemplo, encontrar comentários afirmando que a Covid-19 realmente é apenas uma “gripezinha”. E nesse sentido, a festa promovida por Pugliese acaba reforçando afirmações sem bases científicas.

Imaginem os seguidores mais fiéis da influenciadora adotando o mesmo discurso! Teríamos ainda mais festanças regadas a drinks, petiscos e………., coronavírus!

Resumindo, apesar de ser um grande canal para seu sucesso, a internet também pode acabar imediatamente com uma imagem construída ao longo do tempo. Os internautas estão cada vez mais atentos aos deslizes dos influenciadores e qualquer movimento errado pode gerar uma onda de comentários negativos.

Ainda assim, há quem decida pular de cabeça no precipício com atitudes e exemplos irresponsáveis, como foram os casos de Gabriela Pugliesi e Eduardo Costa.

Portanto, caso você esteja pensando em ser um influenciador, lembre-se dos perigos que erros como esses podem causar à sua imagem ou à de seu produto. E busque influenciar positivamente, sempre.

Por: Gabriel Prince